A partir desta temporada, o futebol europeu entra numa nova era. A UEFA reformulou completamente o formato das suas competições — Champions League, Europa League e Conference League —, e a mudança já está a dar que falar.
Em vez da tradicional fase de grupos, as provas passam a adotar um modelo de liga única, conhecido como o “Swiss model”, onde cada equipa disputa oito jogos (ou seis, consoante a competição) frente a adversários diferentes, determinados por ranking.
No caso da Champions League, por exemplo, as 36 equipas participantes estão agora inseridas numa tabela geral única, e os oito melhores avançam diretamente para os oitavos de final. As equipas entre o 9.º e o 24.º lugar disputarão um play-off para garantir presença na fase seguinte.
A Europa League e a Conference League seguem o mesmo modelo, ajustando apenas o número de jogos e o sistema de qualificação.
As críticas iniciais centraram-se na complexidade do formato e no aumento do número de partidas, o que levanta preocupações sobre o calendário competitivo e o desgaste dos jogadores. No entanto, há quem veja vantagens: mais jogos equilibrados, maior imprevisibilidade e oportunidades acrescidas para clubes de diferentes países enfrentarem gigantes europeus.
“Primeiro estranha-se, depois entranha-se” — a frase de Fernando Pessoa encaixa perfeitamente na nova realidade da UEFA. O formato pode parecer confuso à primeira vista, mas promete gerar emoção, competitividade e mais receitas para os clubes envolvidos.
O tempo dirá se esta revolução veio para ficar. Por agora, o futebol europeu entra num capítulo onde cada jogo conta — e onde a estranheza inicial poderá rapidamente dar lugar à paixão pela novidade.